Descrição
Diogo vivia aquela situação havia sete anos. Quase sempre, como naquela
manhã de domingo, se sentia envolto por um sentimento de surrealidade.
Parecia que estava interpretando um personagem, não ele mesmo. Já tinha
se conformado com essa sensação e com sua vida, que julgava medíocre. “O
destino é inexorável”, sempre dizia. Ele tinha nascido ali, ali viveria sua vidinha
e ali morreria. Nem feliz, nem infeliz.
Mas algumas raras vezes, algumas pessoas ou situações conseguiam tirar
Diogo desse estado. Por um breve tempo ele passava a achar que poderia
afetar o curso de sua vida. Mais: achava que deveria fazer algo a este respeito. E
naquele mesmo dia, já à tarde, era essa inquietação que o dominava.
Resolveu que, sem dizer nada a ninguém, sumiria por um tempo. Era sua
última opção e iria usá-la.
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