Descrição
O relógio na cafeteria marcava seis horas da tarde, mas a sensação no rosto e no corpo de Miguel era a de que o dia havia chegado ao fim sem que ele percebesse. Olhou para cima, viu o céu azul e lembrou-se que da última vez que havia levantado a cabeça para admirar o astro-rei, ele não estava lá. Dezembro era sempre um mês de chuvas, e não se lembrava da última vez em que o sol havia brilhado lá em cima. A confusão em sua cabeça só aumentava, pois não tinha certeza de quanto tempo estava naquele lugar, observando uma pessoa que no passado já o havia deixado sem fôlego, sem ação, sem sensação de tempo e espaço. Mas nunca, jamais, em nenhum desses momentos, a sensação tinha sido tão palpável.
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