Descrição
— Puta que pariu, até que enfim!
Apesar do escândalo que ela fez ao entrar, apenas a mocinha do balcão
e mais quatro moleques voltaram seus olhos para a mulher trôpega e
ofegante parada na porta. Todos os outros clientes da lan house estavam
usando fones de ouvido. Perderam, portanto, a chance de testemunhar uma
das raríssimas ocasiões em que Analu proferiu um palavrão.
Retomou o fôlego e caminhou em direção ao Rato. Tinha passado a
última hora de um lado para o outro, em busca do sujeito, e lá estava ele,
plantado na frente do computador como se o mundo pudesse desabar sem
que ele notasse. Cutucou-lhe o braço e ele imediatamente se virou. Pareceu
surpreso ao vê-la e exclamou seu nome num volume inapropriadamente
alto. A mocinha do balcão e os mesmos quatro moleques de antes novamente
dirigiram seus olhares na direção de Analu. Ela sorriu, sem graça, e
fez sinal para que o Rato tirasse os fones de ouvido. Ele obedeceu, cumprimentou-
a, mas Analu quis ir direto ao assunto.
— Rato, cadê o Cacá? Achei que vocês tavam ensaiando.
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