Descrição
Logo após o desjejum do quinto dia de viagem, Nat deixou, apressadamente,
o carro-restaurante para aproveitar a cabine vazia de seu quarto,
pois a senhora com quem viajara desde o primeiro dia de Transiberiana,
ainda estava parada no corredor, entre o vagão das refeições e as cabinesapartamentos,
conversando com uma mulher que reconheceu também ser
portuguesa. Demorariam muito ali, nem sequer haviam aberto a portinhola
onde estavam os tíquetes de seus cafés. Assim, Nat percebeu que este seria
o melhor momento para, deitada em seu beliche, relembrar calmamente
os últimos dias que esteve na companhia de Tina e Pedro.
Estaria sendo injusta com eles? Estranhou esse pensamento. Era apenas
uma viagem turística, voltaria em três meses, era algo simples, até mesmo
ingênuo, pois havia lido numa revista feminina que mulheres, para se livrarem
de suas famílias, chegavam até mesmo a fugir sem deixar um mísero
bilhete… Ou foi num filme?
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